TODA MULHER É UM POUCO AMY WINEHOUSE:

Estou preparada para os comentários que virão. Feminismos e falso-afirmações politicamente corretas podem vir.. pra eu medir o tamanho da intolerância ao pensamento não-óbvio! Aí vai..

TODA MULHER É UM POUCO AMY WINEHOUSE:

Dia desses no trabalho me deparei com um máximo da afirmação: “Toda mulher é um pouco Leila Diniz”.
Pensei na figura marcante da dita: linda, revolucionária, saudável..
Mas eu penso que toda mulher queria mesmo é ser Amy! Não.. não quero morrer aos 27, pois só os terei até julho, mas digo a auto-transgressão!

Queremos assumir nossas frustrações no amor, encontrar nosso lugar em outro universo, querer ser uma mulher de outra época.. marcar o corpo com pensamentos e devaneios.. beber até cair e sim, ficar muito brava quando isso virar assunto! Deixem-nos viver extremos! E isso não é desculpa de TPM.. Otária a mulher que se esconde atrás da TPM pra fazer o que quer!!

Ser Leila Diniz é fácil agora que ela já veio e fez o que tinha que ser feito! Ser Amy foi uma barra! E quantas vierem será difícil também! Cantar Black no universo pop! Viver amores imperfeitos sob os holofotes, ser pin-up em tempos de frutas!! As inconseqüências de Amy foram pagas.. e quem quiser que arque com as suas.. Leila arcou e nós usufruímos! Usufruímos também das portas que Amy abriu.. Make ups, roupinhas cool, Black music com divas white!

Ser Amy hoje é transgredir a essência da auto preservação.. é se deixar invadir pelos extremos.

Não morram aos 27.. Mas mostrem as pernas, pintem as unhas de vermelho, tomem uns pileques de bebidinhas doces.. cantem de forma visceral, vivam seus amores e desamores.. façam poesia com a dor, façam luto em vez de ir pra academia ficar gostosa pro próximo filho da puta!

Ser Amy não nos matará aos 27, talvez vivamos melhor o tempo que o destino nos permitir!

Anelise Hott, com 27 até julho.. quebrando a rotina!!